Hoje resolvi testar o sistema de estabilização de imagem da minha Fujifilm Fujinon XF 18-55 F2.8-4 R LM OIS. A Fujifilm anúncia que o sistema permite ganhar 3,5 diafragmas (3,5 stops) na velocidade de exposição.
Configurei a X-T2 para 200 ISO e obturador eletrónico (este obturador não permite descer abaixo dos 200 ISO) e coloquei um filtro de densidade neutra PRO ND 16 da Hoya que me permite escurecer a imagem em 4 diafragmas (caso contrário nunca conseguiria descer a velocidade de obturação abaixo de 1/60s). Como a objetiva é leve parti do princípio de que a velocidade mínima da 18-55 seria 1/125s pelo que 3, 5 diafragmas para menos seria… entre 1/8 e 1/15. Escolhi 1/10.
As minhas mãos já não são o que eram, muitos cafés, algumas contrariedades, tudo a juntar á idade (já estou mais perto dos 60 do que dos 30) e 1/10s é garantia de imagem tremida.
Confesso que até agora nunca encontrei um sistema de estabilização que me convencesse. A minha primeira máquina digital, a Konica Minolta 7D, tinha sistema de estabilização no corpo e sempre foi superior aos das objetivas Canon que depois tive.
Durante o Millennium Estoril Open o Rui Elias disse maravilhas do sistema da XF 100-400 R LM OIS WR, mas eu preferi trabalhar com o monopé e, por isso não retirei grandes referências. Estava então na altura de tirar a verdade a limpo.
Esta primeira galeria de imagens foi realizada com as seguintes configurações: ISO 200; abertura F variou F13 e F16 nas primeiras 3 fotos e desceu a F4 na última; a velocidade foi sempre de 1/10s.
As imagens seguintes fora realizadas da seguinte forma: As duas primeiras com ISO a 200, abertura a F16 e velocidade a 1/15s; as duas seguintes foram realizadas à velocidade de 1/20s, a primeira a F8 e a seguinte a F11; por fim, a última imagem que foi realizada à velocidade de 1/50s a F5.6.
É de facto extraordinário onde este sistema da Fujifilm nos ajuda a chegar. óbvio que temos de tomar algumas precauções e que nem todas as fotografias ficam no ponto, mas conseguimos lá chegar e não é difícil. Nunca, nos meus melhores dias, sonhei em fotografar abaixo de 1/30s se não tivesse como objetivo criar algum efeito de arrastamento. No entanto, hoje consegui-o de forma intencional e sem preocupações maiores para me manter estável.
Outras objetivas do sistema X (por Exemplo a XF 50-140 F2.8 R LM OIS WR e a XF 100-400 F4.5-5.6 R LM OIS WR) permitem baixar até 5,5 diafragmas. A X-H1 vem equipada com o IBIS (In Body Image Stabilizer) que permite os mesmos 5,5 diafragmas. Isto, conjugado com excelente desempenho a ISO elevado, permite ao fotógrafo realizar imagens “à mão” que outrora só eram possíveis com tripé e, acreditem, isso é uma enorme vantagem.
Até sempre.
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